Mioma pode causar infertilidade?

Tipos de Miomas – Vídeo #4

O Centro de Mioma iniciou uma nova fase, dando continuidade ao propósito de sempre fornecer informações confiáveis e relevantes sobre os miomas uterinos.

No vídeo de hoje o doutor Michel Zelaquett explica os tipos de miomas.

Assista:

 

 

Olá eu sou Michel Zelaquett – diretor de mioma – E hoje nós vamos falar sobre os tipos de miomas.

Conforme eu havia falado, os miomas surgem na parede do útero, existem basicamente quatro tipos de miomas, baseados em sua localização:

Os miomas ele pode estar localizados na parede do útero esses são os miomas que nós chamamos de intramurais.
Os miomas que podem estar mais na cavidade uterina são os que chamamos de mioma submucosa são próximos da cavidade uterina, do endométrio.
Nós temos também os miomas subserosos que são localizados mais para fora do útero.
E os mioma pediculares, ficam penduradas no útero, eles ficam acoplados ao útero por uma ponte, por um pedículo, por isso que chamamos de de miomas pediculados.

Os sintomas causado por miomas podem estar relacionados diretamente ao sua localização, por exemplos, mioma submucosa são os miomas que causam o aumento do fluxo menstrual ele também associado a cólicas, e a infertilidade.
Os miomas intramurais quando eles não são muito grandes, eles poucos sintomas causam quase nenhum sintoma causa. Quando ele começa a aumentar muito e distorcer a cavidade uterina eles também podem causar o aumento do fluxo menstrual e a infertilidade .
Os miomas subserosos são os que demoram mais tempo para causar algum tipo de sintoma, esses miomas como eles crescem para fora do útero eles não causam hemorragias, nem aumento do fluxo menstrual. No entanto eles podem causar os sintomas compressivos geralmente quando eles ficam grandes, do tamanho maior do que uma laranja, eles começam comprimir a bexiga, pode comprimir o intestino, aumentar o volume abdominal.
Daí a importância de se fazer um diagnóstico precoce, desses miomas e acompanhar o crescimento deste mioma se identificar o momento exato que faz o tratamento
Os miomas pediculados assim como os miomas subserosos também causam pouquíssimos sintomas, porque eles crescem para fora do útero mais uma vez não causam hemorragia então eles muitas vezes só são notados quando eles são muito grande, é possível encontrar miomas pediculados com tamanhos bastante avantajado, por que são miomas que tiveram seu diagnóstico, retardado e o obviamente o tratamento retardado.
Muitas vezes encontramos o mioma fora do útero, subseroso e pediculado, com o volume bastante grande, com o tamanho de uma manga, ou do tamanho de um melão. Isso pode acontecer, mas não é por negligência da mulher, é por não apresentar sintomas.
Então para recapitular são quatro tipos de miomas: Intramurais, submucosos, subserosos e pediculados.

 

Centro de Mioma - Miomas

Os sintomas que os miomas causam nas mulheres – Vídeo #3

O Centro de Mioma iniciou uma nova fase, dando continuidade ao propósito de sempre fornecer informações confiáveis e relevantes sobre os miomas uterinos.

No vídeo de hoje o doutor Michel Zelaquett explica os sintomas que os miomas causam nas mulheres.

Assista:

 

 

Olá sou Michel Zelaquett – diretor do Centro de Mioma e hoje nós vamos falar sobre os sintomas que os miomas causam nas mulheres.

Nós sabemos que os miomas podem acometer cerca de 30 a 40% da população feminina na idade fértil, ou seja, é uma doença bastante prevalente. No entanto, por sorte, a grande maioria das mulheres não têm sintomas, cerca de 70% das mulheres que tem miomas não tem sintomas. No entanto 30% podem surgir com alguns sintomas.

O sintoma mais comum causado pelos miomas é o aumento do fluxo menstrual, é a menstruação excessiva isso daí é geralmente causado por miomas que surgem na cavidade uterina que depois nós vamos tratar sobre os tipos de miomas e relacionados os sintomas.

Outro sintoma bastante comum causado pelos miomas é a cólica, muitas vezes associada ao fluxo menstrual excessivo. Não é uma cólica fora da menstruação, como outros tipos de causas de cólicas como por exemplo a endometriose pode dar cólica não só durante menstruação mas um pouco antes e depois da menstruação. Os miomas  geralmente estão associados ao aumento do fluxo menstrual.

Além disso os miomas eles podem crescer e causar sintomas compressivos. O que são sintomas compressivos? A medida que os miomas vão crescendo eles podem comprimir a bexiga, causando o aumento da frequência urinária, a urgência urinária. É aquela vontade de ir ao banheiro urinar muitas vezes, e muitas vezes a mulher tem muita vontade de urinar,  chega no banheiro e faz pouco e causa a ausência de capacidade de reter a urina muito e ter que ir muitas vezes ao banheiro, duas vezes ao longo de uma viagem tem que parar procurar um banheiro. Isso daí é causado pela compressão do mioma na bexiga.

O aumento do mioma também pode comprimir intestino, causando alterações intestinais, aumento dos gases, com uma prisão de ventre que é a constipação intestinal, e todos também pode está relacionado a miomas muito grande.

Outra questão os miomas quando cresce bastante podem aumentar o volume abdominal,  principalmente em baixo ventre, abaixo do umbigo, a barriguinha pode ficar sobressalente por conta desses miomas aumentados às vezes pode estar associado aumento do volume abdominal aumento de peso, mas tem que se investigar se estão causando sim o aumento do círculo abdominal.

Outro sintoma também pode ocorrer por conta dos miomas volumosos, é a dor durante o ato sexual. A dor durante relação sexual pode ocorrer por conta dessa posição dos miomas a dor também durante a relação também está relacionada a endometriose por isso a importância desse diagnóstico diferencial se os miomas realmente estão causando essa dor durante a relação sexual

Então a gente pode listar os principais sintomas:

  • Aumento do fluxo menstrual
  • As cólicas menstruais
  • Aumento da frequência urinária
  • Aumento do volume abdominal
  • Dor durante relação sexual

 

Duvidas-no-tratamento-mioma

O que são miomas, onde surgem e outras dúvidas – Vídeo #2

O Centro de Mioma iniciou uma nova fase, dando continuidade ao propósito de sempre fornecer informações confiáveis e relevantes sobre os miomas uterinos.

No vídeo de hoje o doutor Michel Zelaquett explica o que são miomas, onde surgem, a relação dos miomas com os hormônios e a menstruação.

Assista:

 

 

 

Olá eu sou do Michel Zelaquett diretor do Centro de Mioma e hoje nós vamos falar sobre o que são os miomas.

Os miomas são tumores benignos, ou seja os miomas não são câncer, que surgem no útero da mulher. Para você entender onde que esses miomas surgem:

O útero é como fosse aquele coco que a gente bebe água na praia que tem aquela carninha branca de dentro, tem uma casca grossa e aquela caixa verde por fora. Os miomas surgem no útero no equivalente ao corpo naquela casca grossa.

O mioma é proveniente de uma única célula muscular e ele vai desenvolvendo e vai se multiplicando, essas células vão se multiplicando, formando o tumor.

Vale ressaltar que os miomas sempre surgem na parede do útero, às vezes eles surgem mais para dentro, as vezes ele surge mais no meio da parede, às vezes ele surge mais para fora no útero.

São mais comuns em mulheres negras e mulheres que tem um histórico familiar de miomas, como por exemplo mãe, a tia, até mesmo a tia paterna, aumentam a chance de ter os miomas. Mulheres que não têm filhos e principalmente aquelas que entram na faixa dos 30 anos sem filhos têm maior predisposição também para ter mioma.

Os miomas são tumores hormonais, hormônio-dependente, e eles crescem através da ação dos hormônios estrogênio e progesterona, que são produzidos pelos ovários. Por isso que os miomas não nascem em crianças, nem nascem em idosos e mulheres na menopausa, porque eles dependem dos hormônios de estrogênio e progesterona.

A partir do momento que a mulher começa a menstruar na puberdade e ao longo de toda vida fértil dela, até ela entrar na menopausa, esses hormônios vão ser produzidos. E nas mulheres que tem a predisposição para ter mioma, esses hormônios podem estimular o aparecimento e o crescimentos desses miomas.

Quando a mulher entra na menopausa os ovários param de produzir estrogênio e progesterona os miomas tendem a não crescer mais e até mesmo diminuir e não surgem novos miomas, daí a importância da gente entender que os miomas sendo hormônio-dependentes, eles não dependem da menstruação na verdade depende do hormônio. Existe aquela falsa ideia de que o mioma cresce com a menstruação e quando para de menstruar, parar de crescer, não é assim quando fazermos os vídeos sobre tratamentos medicamentosos vamos falar sobre isso.

Então entender que os miomas surgem na parede do útero, entender que os miomas são benignos não são câncer e que eles são hormônio-dependente fazem toda diferença para você entender a doença o diagnóstico e seus tratamentos

 

atendimento-humanizado

Atendimento Humanizado – Vídeo #1

O Centro de Mioma iniciou uma nova fase, dando continuidade ao propósito de sempre fornecer informações confiáveis e relevantes sobre os miomas uterinos.

No vídeo desta semana, o Dr. Michel Zelaquett comentou sobre a proposta do Centro de Mioma, que ao longo desses 10 anos oferece tratamento personalizado, possibilitando a identificação do perfil exato da mulher, os tipos de mioma, os sintomas, e assim desenhar o melhor tratamento para que ela possa atingir o seu objetivo, que muitas vezes, além da melhora de qualidade de vida, é a preservação da fertilidade.

Assista:

Olá, eu sou o doutor Michel Zelaquett – diretor do Centro de Mioma.
Para aquelas que não nos conhecem: o Centro de Mioma trabalha há 10 anos no diagnóstico, tratamento e atendimento das paciente com miomas uterinos.

E a nossa proposta sempre foi o humanizado, personalizado que possibilite identificar o perfil exato da mulher, os tipos de mioma, os sintomas, e desenhar o melhor tratamento para que ela possa atingir o seu objetivo: além da melhora de qualidade de vida a preservação da fertilidade.
Com isso o Centro de Mioma tem colecionado inúmeras histórias ao longo desses 10 anos, foram mais de 800 pacientes tratadas. Na internet vocês podem buscar inúmeros de depoimentos, não só no nosso site mas também no Facebook na nossa página, e na página das nossas pacientes que foi criada exclusivamente para compartilhar essas histórias felizes e experiências de mulheres que tiveram seu útero preservado, que tiveram sua qualidade de vida retomada, e vieram a engravidar após tratamento dos miomas.

A nossa proposta tem sido oferecer um tratamento personalizado com base numa equipe multidisciplinar. Além de mim existem outros ginecologistas, anestesistas, focados no conforto do paciente, cirurgião vascular, também temos psicólogas que são especialistas no atendimento pré-operatório imediato, diminuindo o grau e níveis de tensão possibilitando uma cirurgia e recuperação mais tranquila.

Toda a equipe está preparada e especializada para te atender e vamos continuar com essa nossa missão de sempre oferecer o tratamento personalizado, o atendimento humanizado que é importante e a gente nunca deve esquecer.

O atendimento humanizado ele é muito simples, basta a gente pensar que do outro lado pode ser um parente nosso, pode ser uma irmã nossa, pode ser o nossa mãe, pode ser nossa filha e a partir do momento que a gente se coloca no lugar da nossa paciente entendemos o que é o tratamento humanizado.
Atendimento humanizado então não é só dizer que é humanizado mas é a gente se colocar no lugar do próximo e fazer com que o seu atendimento, o seu tratamento fosse como pra nossa família. Então realmente é isso que a gente propõe aos paciente.
Mais do que paciente a gente tenta integrar a vocês como pessoas, como indivíduos que tenham seus anseios, suas necessidades e precisa de uma atenção especial para esse que nós estamos aqui e vamos continuar com essa nossa missão.

 

Centro de Mioma: conteúdo de qualidade para você

Toda semana um vídeo novo com o Dr. Michel Zelaquett falando sobre assuntos importantes relacionados a miomas uterinos.

O Centro de Mioma vai iniciar uma nova fase, dando continuidade ao propósito de sempre fornecer informações confiáveis e relevantes sobre os miomas uterinos.
A partir de hoje serão feitas inserções regulares de pequenos vídeos nos nossos canais oficials: youtube, facebook e instagram, twitter e no nosso site.

Os assuntos abordados serão por exemplo sobre diagnóstico, sintomas e tipo de tratamentos dos miomas, com vídeos educativos e com informação relevante.

Miomectomia a Laser

Miomectomia a Laser: a evolução da técnica

O LASER, sigla para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, já possui ampla aplicação na medicina, inclusive em procedimentos cirúrgicos de diversas especialidades. No entanto, suas aplicações na ginecologia até os dias atuais eram relativamente restritas e pouco difundidas. Mas, com a evolução tecnológica dos equipamentos geradores do Laser e a expertise crescente dos cirurgiões mundo afora, hoje podemos dizer que o LASER também é uma realidade na cirurgia ginecológica.

No tratamento dos miomas, utilizamos o Laser de Diodo de alta tecnologia com uso de uma fibra ótica para direcionar o feixe de luz terapêutico diretamente sobre o tecido. Esta técnica se apresenta bastante segura e com inúmeros benefícios, mais notavelmente na miomectomia uterina.

O uso do Laser na miomectomia uterina representa a grande evolução da técnica tradicional, substituindo o antigo bisturi elétrico monopolar na incisão uterina para acessar os miomas e, em seguida, retirá-los.
E as vantagens são bastante evidentes, como menor risco de queimaduras, menor dano ao tecido uterino sadio, maior precisão de corte e maior poder de coagulação dos vasos sanguíneos.

Consequentemente temos uma cirurgia com menor sangramento intraoperatório, aumentando ainda mais as chances de preservação do útero e da fertilidade, assim como uma recuperação mais rápida.

No vídeo a seguir demonstramos como o LASER é utilizado na miomectomia uterina por laparotomia realizada pelo Dr. Michel Zelaquett e equipe do Centro de Mioma.

Vale ressaltar sua aplicabilidade também nas cirurgias laparoscópicas e histeroscópicas, com igual benefício.

Mulher com dúvida

Embolização dos Miomas Uterinos Vs. Histerectomia

De acordo com um estudo publicado na edição de dezembro de 2016 do American Journal of Obstetrics & Gynecology, a histerectomia, cirurgia para retirada do útero, pode ser evitada em pacientes com miomas uterinos sintomáticos através da realização da embolização dos miomas uterinos.

Annefleur M. de Bruijn, MD e colaboradores, do VU Medical Center de Amsterdã, compararam os resultados clínicos e avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde 10 anos após a embolização uterina ou histerectomia no tratamento de sangramento menstrual excessivo relacionado aos miomas uterinos. Pacientes com miomas uterinos sintomáticos elegíveis para histerectomia foram randomizadas de 2002 a 2004 para embolização dos miomas uterinos (81 pacientes) ou histerectomia (75 pacientes).

O estudo concluiu que em cerca de dois terços das pacientes com miomas uterinos sintomáticos tratados com embolização dos miomas uterinos, uma histerectomia pode ser evitada. A qualidade de vida relacionada à saúde 10 anos após a embolização dos miomas uterinos ou histerectomia permaneceu comparativamente estável.

Sendo assim, a embolização dos miomas uterinos é uma alternativa bem documentada e menos invasiva à histerectomia para miomas uterinos sintomáticos, nos quais os pacientes elegíveis devem ser aconselhados.

Fonte: http://www.ajog.org/article/S0002-9378(16)30396-9/fulltext
Médico com estetoscópio vermelho nos ombros segurando um coração de plástico

Humanizando o tratamento contra o mioma

As causas dessa doença ainda não são totalmente conhecidas, mas os danos, sim. O mioma, tumor benigno que afeta cerca de 50% a 80% das mulheres em idade reprodutiva, pode causar não apenas sequelas físicas como, sobretudo, psicológicas, especialmente quando não se tem muita informação a respeito. “Foi um dos piores dias da minha vida, porque não sabia nada sobre o assunto” diz a paciente Sonia Cristina, diagnosticada com a doença em 2003.

Ele pode ter diversos tamanhos e aparecer em diferentes locais do útero, os seus sintomas mais recorrentes vão de sangramento menstrual em excesso chegando até a temida infertilidade. A gravidade varia, mas a maneira invasiva com que a doença interfere no bem estar e na qualidade de vida das mulheres é aterradora. “Receber subitamente a notícia que você será mutilada e que não terá mais a menor chance de engravidar é cruel demais para uma mulher, principalmente para as que nunca tiveram filhos e estão em idade fértil”, a paraense Brenda, assim define a experiência a princípio assustadora de ter descoberto a doença aos 31 anos.

Segundo pesquisas, entretanto, apesar de sua grande ocorrência, cerca de 70% das mulheres com a doença não sentem seus sintomas, e seus danos se tornam maiores quando, por conta de sua localização e de seu volume, distorcem a cavidade uterina.
Atualmente, após o diagnóstico preciso, o tratamento dos miomas podem ser feitos de diversas formas. O acompanhamento de um médico especialista se faz mais que necessário tanto no diagnóstico quanto no tratamento, pois só ele, de acordo com o caso diagnosticado, será capaz de definir a melhor maneira de tratar a doença. De maneira geral, três fatores são levados em conta neste processo: os sintomas apresentados, os tipos de miomas encontrados e o perfil da mulher com mioma.

Os avanços tecnológicos aliados a pesquisas científicas importantes tornaram o principal objetivo do combate à doença – a preservação do útero, e o consequente bem estar das mulheres – em resultado possível e alcançável. Somando-se a isso, é cada vez mais importante o aspecto humano no acompanhamento médico no diagnostico e tratamento do mioma. Personalizar a relação entre médico e paciente, visando sempre à qualidade de vida da mulher, entendendo suas necessidades, mas sem por risco a qualidade e eficiência do tratamento, é de vital importância neste processo.
Assim é o trabalho realizado pelo Centro de Mioma, que utiliza uma equipe multidisciplinar no tratamento dos mais diferentes tipos de casos e pacientes com uma abordagem individualizada. “O Centro de Mioma é um local sério, com profissionais dedicados e de absoluta confiança. Lá encontrei pessoas que realmente se importam com o paciente” confidencia Sonia Cristina, que após alguns anos conseguiu superar a doença com a ajuda do Centro.

Mulher se consultando com uma médica

O Ginecologista e sua importância na embolização dos miomas uterinos

A embolização dos miomas uterinos é um procedimento minimamente invasivo. Este tratamento dos miomas é realizado através do cateterismo das artérias uterinas e pela injeção de microesferas responsáveis pela obstrução do fluxo sanguíneo dos miomas. Este processo faz com que os miomas entrem em degeneração, levando-os a reduzir de volume e consequentemente a melhora dos sintomas causados pelos miomas.

O procedimento de embolização dos miomas é realizado por um cirurgião vascular ou por um radiologista intervencionista habilitado em procedimentos endovasculares, estando qualificado a realizar uma série de procedimentos operacionais relacionados ao cateterismo arterial, a imaginologia angiográfica e a análise do resultado. Contudo, o trabalho do cirurgião vascular/radiologista intervencionista no tratamento dos miomas se limita exclusivamente a execução do procedimento de embolização dos miomas uterinos.

A pratica diária e a experiência que os ginecologistas possuem na avaliação de massas pélvicas, do sangramento uterino anormal e no tratamento cirúrgico de afecções ginecológicas, habilitam exclusivamente estes profissionais para a indicação de qual o tratamento mais adequado dos miomas uterinos em cada caso. E para a indicação do tratamento através da embolização dos miomas uterinos é necessário que o ginecologista esteja treinado e habituado a este tipo de procedimento. É necessário que ele esteja afeito aos riscos e benefícios da embolização dos miomas, principalmente quando comparada às outras opções de tratamento dos miomas, como a miomectomia e, até mesmo, a histerectomia. Além disso, o ginecologista deve ter experiência suficiente na resolução das complicações não vasculares decorrentes da embolização dos miomas, como dor pélvica, infecções e parturição do mioma, haja visto que a grande maioria dos cirurgiões endovasculares não estarão habilitados a resolvê-las.

Sendo assim, a embolização dos miomas uterinos não deve ser realizada sem a indicação expressa e sem o acompanhamento especializado de um ginecologista habituado a esta técnica minimamente invasiva, reduzindo os riscos e as complicações e conferindo, sobretudo, melhores resultados ao procedimento.

Miomectomia

Os miomas voltam após uma Miomectomia?

Uma vez que os miomas são retirados numa cirurgia de miomectomia eles não voltam. Portanto, a “volta” dos miomas é um termo incorreto. O correto é falar sobre o aparecimento de novos miomas ou, tecnicamente falando, recidiva dos miomas. Apesar de novos miomas poderem crescer depois de uma miomectomia, a maioria das mulheres não necessitará de um tratamento adicional. Se a primeira miomectomia é realizada por um mioma único, apenas 11% das mulheres precisão ser submetidas a uma nova cirurgia dentro dos próximos 10 anos. Se a primeira miomectomia for realizada por múltiplos miomas, cerca de 26% das mulheres terão uma cirurgia subsequente em 10 anos. Mas o risco de uma nova miomectomia é ainda menor em mulheres que se aproximam da menopausa, isto porque não há tempo suficiente para que novos miomas apareçam até que a mulher entre na menopausa. Portanto, é muito incomum que uma mulher submetida a uma miomectomia após os 40 anos necessite de um novo tratamento para os miomas uterinos.

Após uma cirurgia de miomectomia, miomas podem ser encontrados numa ultrassonografia de rotina. Muitas vezes, o achado destes miomas após uma cirurgia está relacionado ao fato do cirurgião não ter tido o cuidado de remover o máximo de miomas possível. Um estudo revelou que 29% das mulheres haviam miomas remanescentes vistos à ultrassonografia após uma cirurgia de miomectomia. No entanto, vale ressaltar que muitas cicatrizes no útero podem mimetizar um mioma ao ser vista numa ultrassonografia realizada com menos de 3 meses após a cirurgia. Em outros casos, o número de miomas muito pequenos é tão grande que se torna extremamente difícil remover todos eles sem prejuízo a fertilidade e sem risco a preservação do útero.

Embora a ultrassonografia realizada após a miomectomia encontre miomas, muitos deles são tão pequenos e causam nenhum sintoma, não justificando qualquer tratamento, sendo recomendado apenas o acompanhamento periódico. Um estudo, por sinal muito citado por ginecologistas para encorajar as mulheres a fazerem uma histerectomia (retirada do útero) ao invés de uma miomectomia, encontrou miomas maiores do que 1,0 centímetro em 51% das mulheres em até 5 anos após uma miomectomia. Bem, 51% parece ser um número bastante significativo, mas é muito importante lembrar que poucas mulheres vão requerer um tratamento adicional neste período.

O que poderia aumentar ou diminuir o risco de novos miomas surgirem após uma miomectomia? Um estudo revelou que o parto foi o único fator que diminuiu o risco de novos miomas surgirem. Após 10 anos, novos miomas foram encontrados em 16% das mulheres que deram a luz após a miomectomia e em 28% das mulheres que não tinham dado a luz. O risco de novos miomas surgirem também aumenta com o número de miomas retirados numa cirurgia. Não porque o cirurgião tenha deixado muitos miomas, mas por conta de uma predisposição genética maior para o aparecimento de novos miomas.

Outra questão a ser levantada é o uso dos análogos do GnRH como preparo pré-operatório da cirurgia de miomectomia em casos com miomas múltiplos. Os análogos do GnRH diminuem o volume dos miomas, o que pode tornar mais difícil a identificação e a retirada de pequenos miomas durante a miomectomia. Um estudo demonstrou que, após a cirurgia de miomectomia, 63% das mulheres tratadas com análogo do GnRH tinham pequenos miomas vistos a ultrassonografia, contra apenas 13% das mulheres que não foram tratadas com análogo do GnRH.

Portanto, diante das evidências, se a justificativa para retirar o seu útero for o fato dos miomas voltarem, questione. Pergunte e discuta com seu médico a real indicação do procedimento proposto. Se preferir, procure uma segunda opinião. E, pese na relação risco-benefício todos os motivos para preservar ou não o seu útero.