Os impactos dos miomas uterinos na saúde mental da mulher

Cólicas, sangramentos fora do período menstrual, sensação de peso na região pélvica, desconforto durante a relação sexual, prisão de ventre e dores, muitas dores. Estes são alguns dos sintomas que assombram os dias de inúmeras mulheres com miomas uterinos. Conviver com tais incômodos e, ainda assim, ter disposição para cumprir com suas responsabilidades cotidianas é uma luta que nem toda mulher consegue vencer, pois muitas delas mal conseguem levantar da cama quando esses sintomas pioram. E aí, sua produtividade diminui, a culpa por não conseguir realizar suas atividades chega, sua qualidade de vida é impactada severamente e com isso surgem outras questões, as dores emocionais.

Os impactos negativos dos miomas na vida da mulher podem surgir inclusive antes do próprio diagnóstico. Isso porque muitas mulheres apresentam os sintomas e não buscam ajuda médica. Há aquelas também que estão aguardando atendimento e não fazem ideia do que esteja acontecendo com seu corpo. Essa espera gera dúvidas e medo na paciente que, até há bem pouco tempo, levava uma vida ‘normal.’

Entre as áreas da vida da mulher que são impactadas pelos miomas uterinos estão a familiar e a profissional. Muitas vezes, o companheiro não alcança a gravidade da situação e a mulher se sente sozinha e culpada. Em relação ao trabalho, inúmeras pacientes acabam se ausentando com frequência, o que traz o medo de perder o emprego ou de ser prejudicada profissionalmente.

Contudo, a infertilidade talvez seja uma das consequências que mais atormenta as mulheres com miomas. O medo de perder o útero é comum entre as pacientes que ainda não engravidaram ou que pretendem ter mais filhos. Infelizmente, a histerectomia é uma das cirurgias mais praticadas no mundo, inclusive no Brasil, e tal receio é perfeitamente justificável caso a paciente não tenha acesso a especialistas que possam esclarecer suas dúvidas com exatidão e oferecer alternativas terapêuticas à retirada do útero.

Segundo os resultados de um estudo realizado pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, publicado no periódico médico Menopause, a histerectomia aumenta o risco de depressão em 26% e, de ansiedade em 22%. Tal risco é ainda maior em mulheres mais jovens, abaixo dos 35 anos, sendo a chance de depressão em torno de 47%, e de ansiedade, 45%. 

A queda de hormônios gerada pela histerectomia aliada a importância do útero para a mulher, sendo este último um símbolo de feminilidade de extrema importância, podem estar relacionados a esses resultados, embora o estudo citado não afirme que as questões emocionais foram exatamente causadas pela falta de estrogênio ou pelo impacto da retirada do órgão reprodutor.

O fato é o medo, a angústia, as dores e todos os impactos na vida da mulher com miomas podem gerar problemas emocionais que precisam ser tratados, assim como o tumor em si.

Sendo assim, o Centro de Mioma trabalha com uma equipe multidisciplinar, para que a paciente tenha todas as suas dúvidas sanadas, desde o diagnóstico ao tratamento indicado, além de receber atendimento psicológico e assim tratar, igualmente, suas dores físicas e emocionais. Dessa forma, os miomas uterinos deixarão de impactar o dia a dia dessa mulher e sua qualidade de vida tende a melhorar consideravelmente.