Novo Tratamento Minimamente Invasivo para Miomas com taxa de sucesso de 85% a 90%

Radiofrequência

A ablação por radiofrequência consiste no uso de eletrodos no interior do mioma para gerar calor de forma controlada e causar destruição de suas células, por este motivo também pode ser chamada de ablação térmica ou termoablação. A radiofrequência é amplamente utilizada na ablação térmica em diversos tipos de tumores ou órgãos, como em metástases ósseas, tireóide, fígado, rim, coração, pulmão, próstata e mama, dentre outros. 

O equipamento que utilizamos na ablação por radiofrequência dos miomas possui um gerador de alta tecnologia, com um sistema avançado que garante maior eficiência e segurança ao procedimento (Registro ANVISA nº 80410900047). O eletrodo é uma agulha de apenas 1,65 mm de diâmetro, com uma ponta ativa que pode variar de 0,5 cm a 4,0 cm e é introduzido por via transvaginal, guiado por ultrassonografia, até o centro do mioma a ser tratado. 

O que é a Técnica de Ablação dos Miomas por Radiofrequência

A ablação dos miomas por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo, realizado por via vaginal, ou seja, sem cortes ou cicatrizes. A ablação por radiofrequência dos miomas tem duração de cerca de 30 minutos. A dor esperada durante e logo após o procedimento é bem menor do que em outros procedimentos cirúrgicos e até mesmo menor do que na embolização dos miomas. Por este motivo a anestesia aplicada é apenas uma sedação. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar em regime de day clinic, ou seja, a paciente tem alta hospitalar no mesmo dia. E, em até 48 horas, está retornando às suas atividades cotidianas. 

A técnica da ablação dos miomas por radiofrequência consiste em posicionar a paciente na posição ginecológica, sob sedação, e realizar inicialmente uma ultrassonografia transvaginal para mapeamento e identificação dos miomas a serem tratados. Em seguida, guiado pela própria ultrassonografia transvaginal, uma agulha bem fina (eletrodo ativo que emite as ondas de radiofrequência) é introduzida através do colo uterino até o centro do mioma. Com a identificação do correto posicionamento da ponta da agulha no centro do mioma a ser tratado, é então ativado o gerador que emitirá as ondas de radiofrequência ablativas, que irão aquecer o mioma até uma temperatura de 85ºC, ocasionando a destruição das células do mioma. Por consequência da morte do mioma, a redução de volume do mioma esperada é em média de 60% após 6 meses o procedimento.

Qual a Indicação?

A ablação dos miomas por radiofrequência está indicada em pacientes com miomas sintomáticos, ou seja, que causam sintomas, principalmente aumento do fluxo menstrual e sintomas compressivos, como aumento da frequência urinária. A taxa de sucesso da ablação dos miomas por radiofrequência é de 85% a 90%. Em geral, o número máximo de miomas a serem tratados é de três. E o diâmetro máximo do maior mioma não pode exceder 8 centímetros. Miomas intramurais que distorcem a cavidade endometrial são os que apresentam melhores resultados terapêuticos quando tratados com a radiofrequência. Apesar da miomectomia ainda ser considerada o tratamento de primeira escolha para mulheres que desejam gestar, estudos científicos preliminares têm mostrado resultados promissores na preservação da fertilidade em pacientes submetidas a ablação dos miomas por radiofrequência. 

A avaliação para adequada indicação da radiofrequência no tratamento dos miomas é realizada através de uma ressonância magnética de pelve com contraste e de uma videohisteroscopia diagnóstica para o mapeamento preciso dos miomas a serem tratados.

O risco de histerectomia (retirada do útero) associado à radiofrequência é próximo de zero

Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, o risco associado a radiofrequência é baixíssimo. O risco de lesão térmica ou perfurante de bexiga ou intestino é raríssimo. A perda sanguínea estimada durante o procedimento é de menos de 100 ml, e o risco de hemorragia é muito baixo. Por não haver cortes, o risco de infecção usualmente é muito baixo também. Em miomas submucosos tratados, sempre há a possibilidade destes serem expelidos pela vagina. Mas um acompanhamento ginecológico criterioso pós-radiofrequência pode prever este evento e monitorá-lo para a realização oportuna e segura de uma miomectomia por via vaginal ou histeroscópica caso seja necessário. O tratamento dos miomas por radiofrequência não influencia na função ovariana, não trazendo qualquer risco à reserva ovariana e à produção natural dos hormônios. E, por fim, o risco de histerectomia (retirada do útero) associado à radiofrequência é próximo de zero.

A ablação dos miomas por radiofrequência tem sido amplamente estudada, se mostrando um tratamento eficaz na redução do volume dos miomas e na melhora significativa dos sintomas causados pelos miomas, principalmente os hemorrágicos, com um grau de satisfação que pode atingir até 98% das pacientes tratadas. A ausência de cortes ou cicatrizes no útero submetido à ablação dos miomas por radiofrequência e os resultados promissores no restabelecimento da anatomia da cavidade endometrial, nos permite ampliar ainda mais os limites do tratamento minimamente invasivo dos miomas para mulheres que desejam preservar a fertilidade ou que simplesmente não desejam ser submetidas a uma cirurgia invasiva. 

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