Mulher com dúvida

Efetividade da cirurgia para miomas

Muitas mulheres acabam enfrentando, em alguma fase de suas vidas, algum tipo de problema relacionado aos miomas. Indetectáveis pelo olho humano, esses miomas, quando volumosos, podem distorcer o útero e não estão associados ao risco de câncer de útero, considerando que quase não se transformam em câncer. Como tumores benignos, os miomas surgem durante a idade fértil, afetando cerca de 50% das mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos.
No tratamento de miomas, em casos específicos, o recomendado a ser feito é a realização de uma miomectomia, uma cirurgia responsável pela retirada de miomas e restabelecimento da anatomia normal do útero. Mesmo após uma cirurgia desse tipo, miomas uterinos ainda podem ser encontrados em ultrassonografias de rotina, mas sem apresentar quaisquer sintomas que possam colocar em risco a saúde da mulher.
Para entender mais sobre a importância da miomectomia e esclarecer algumas dúvidas sobre a efetividade da mesma em sua vida, saiba mais sobre o assunto, desvendando possíveis mistérios sobre a “volta de miomas”.

Os miomas voltam após uma miomectomia?

É difícil acreditar que uma cirurgia possa não ser efetiva no combate permanente de algum tipo de problema de saúde, portanto, entramos na mesma linha de raciocínio quando falamos da efetividade da miomectomia: Uma vez retirados numa cirurgia, os miomas não voltarão.
O aparecimento de novos miomas ou recidiva dos miomas pode surgir, entretanto, após o tratamento cirúrgico, considerando que somente 1/3 dessas mulheres nesse tipo de situação acaba tendo que contar com tratamentos adicionais para miomas.

Apenas 11% das mulheres que realizam cirurgias para retirada de mioma único precisam realizar novas cirurgias dentro de 10 anos. Às que retiram miomas múltiplos, a estatística de cirurgia subsequente sobe para 26%.

Quem tem menor risco de realização de nova miomectomia?

Às mulheres que já enfrentaram a cirurgia e estão com medo de enfrentar o problema de novo, o grupo de risco mais baixo está entre as que estiverem próximas de entrar na menopausa, pois nessa situação, não há tempo suficiente para que novos miomas apareçam entre sua última retirada e a entrada nesta fase. Ou seja, as mulheres acima de 40 anos que são submetidas a miomectomia uterina estão praticamente livres de enfrentarem o mesmo problema outra vez.
Outro grupo distante do surgimento de novos miomas após uma miomectomia é o de mulheres que engravidam após a cirurgia, pois estudos revelam que o parto é um bom fator na diminuição de risco de novos miomas.
Em contrapartida, o risco de novos miomas aumenta nos casos de mulheres que apresentam um grande número deles na primeira cirurgia, fator que sugere uma predisposição genética maior ao aparecimento de novos miomas.

29% das mulheres com miomas remanescentes sofreram falhas de remoção destes durante a cirurgia.

O uso de análogos do GnRH pode atrapalhar a efetividade da cirurgia?

Em algumas situações, sim, pois o uso destes análogos como pré-operatórios de miomectomias podem acabar diminuindo o volume dos miomas, dificultando sua retirada durante as cirurgias. Sendo assim, o uso dos análogos do GnRH está mais indicado em miomas únicos e em caso de anemia severa, refratária aos tratamentos convencionais, que impossibilita o tratamento cirúrgico.